terça-feira, 22 de dezembro de 2009

(gravura da folha de rosto da edição de 1854 de Thoreau, Henry David. Walden; or, Life in the Maine Woods.
Boston: Ticknor & Fields)

“I went to the woods because I wanted to live deliberately, I wanted to live deep and suck out all the marrow of life. To put to rout all that was not life and not when I had come to die Discover that I had not lived.”*
(Henry David Thoreau)

Tenho aparecido pouco porque, vocês sabem, na floresta não tem internet.


*"Eu fui para a floresta porque queria viver deliberadamente, queria viver profundamente e sugar toda a essência da vida, aniquilar tudo o que não fosse vida para que quando minha morte chegasse, não descobrisse que não vivi.”

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Xixi no banheiro

Eu não sou muito fã de xixi no banho, não...
Ai, Dona Mata Atlântica, eu sei que gasta toda a água do planeta. E vaja, não é que eu não queria lhe ajudar, só tou dizendo que não sou mto fã de xixi no banho.
Agora, essa propaganda é fantástica!!



O melhor é "gênios da ciência"!!! hahahaha
Não, e o Frankenstein fazendo xixi pela orelha?? hahahahaha
E o Saci e o Minotauro?? hahahhaha

Eu gosto tanto dessa propaganda que talvez, quem sabe, eu até comece a cogitar a idéia?

sábado, 30 de maio de 2009

Síndrome da Torta de Blueberry II

Em tempos de mudança, manter o coração quentinho é fundamental.
Noutro post já falei sobre o medo da torta de blueberry (clique aqui pra ver), e é incrível como o sujeito pode se enrolar sempre com as mesmas questões... ai, ai...

e só porque sou uma blueberry girl, uma poesia linda, de um livro lindo eu ganhei esses dias.



Blueberry Girl
(Neil Gaiman)

Ladies of light
and ladies of darkness
and ladies of never-you-mind
this is a prayer for a blueberry girl
first may you ladies be kind
keep her from spindles and sleeps at sixteen
let her stay waking and wise
nightmares at three or bad husbands at thirty
these will not trouble her eyes
dull days at forty, false friends at fifteen
let her have brave days and truth
let her go places that we’ve never been
trust and delight in her youth
ladies of grace
and ladies of favor
and ladies of merciful night
this is a prayer for a blueberry girl
grant her your clearness of sight
words can be worrisome
people complex
motives and manners unclear
grant her the wisdom to choose her path right
free from unkindness and fear
let her tell stories and dance in the rain
somersault, tumble and run
her joys must be high as her sorrows are deep
let her grow like a weed in the sun
ladies of paradox
ladies of measure
ladies of shadows that fall
this is a prayer for a blueberry girl
words written clear on a wall
help her to help herself
help her to stand
help her to lose and to find
teach her were only as big as our dreams
show her that fortune is blind
truth is a thing she must find for herself
precious and rare as a pearl
give her all these and a little bit more
gifts for a blueberry girl

domingo, 8 de março de 2009

She pours a daydream in a cup

Quando acordou e viu o dia lindo do lado de fora da janela e o bolo de chocolate em cima da mesa, não pode deixar de pensar que a vida é mesmo um clichê. Passou café, arrumou a mesa. Seu coração estava aquecido e o silêncio da casa já não lhe assutava. Ninguém sabia disso, só ela.




Her Morning Elegance
(Oren Lavie)

Sun been down for days
A pretty flower in a vase
A slipper by the fireplace
A cello lying in its case

Soon she's down the stairs
Her morning elegance she wears
The sound of water makes her dream
Awoken by a cloud of steam
She pours a daydream in a cup
A spoon of sugar sweetens up

And she fights for her life
as she puts on her coat
And she fights for her life on the train
She looks at the rain
as it pours
And she fights for her life
as she goes in a store
with a thought she has caught
by a thread
she pays for the bread
and she goes…
Nobody knows

Sun been down for days
A winter melody she plays
The thunder makes her contemplate
She hears a noise behind the gate
Perhaps a letter with a dove
Perhaps a stranger she could love

p.s.: o Oren Lavie é um músico e escritor e diretor de teatro isralense que mora em Berlin (procura aí no google que eu não sei colocar link aqui). A letra eu peguei no Terra e o clipe tá lá no youtube. Oren tem sido minha trilha sonora essas últimas semanas.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

sobre vícios e virtudes II

Eu cultivo meus vícios (porque se uma pessoa não cultivar nem seus vícios, vai cultivar o que nessa vida, né mesmo?). Também cultivo alguns relacionamentos e uma plantinha com fator de cura IV, o que talvez explique porque ela não teve o mesmo fim que o manjericão e a pimenteira.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

sobre vícios e virtudes I

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A Paciência

_ ana, eu tenho um vício
_ que bom... é mto bom ter vícios!
_ eu não tô gostando, porque é um vício chato
_ o que é? é um vício caro?
_ jogar paciência no computador
_ eu tb tenho esse!
_ eu me sinto uma idiota
_ mas, olha, o chico buarque tb joga
_ todo dia eu tenho que jogar
_ jogar paciência faz parte do processo criativo, porque limpa a mente pras idéias poderem vir
_ é verdade!
_ eu me sinto mto respaldada depois que eu soube que o chico tb joga!
_ isso me aliviou, confesso
_ pois é...
_ égua ana, tu não sabes como eu estou feliz em ter um vício em comum com o chico!!!

"O tempo de Chico Buarque é diferente, diz ele. O trabalho e a criação ocpuam sempre a sua cabeça. Quando caminha pela praia, quando vê um filme. Às vezes comete silêncios desconcertantes porque no meio de uma conversa se detém para pensar. Na hora de escrever, muitas vezes senta-se à frente do computador e fica horas jogando paciência. Até ter uma idéia. Então passa para o texto, escreve cinco minutos e volta para a paciência. Com o andar das coisas, isso vai mudando e ele fica menos tempo na paciência e mais no texto. (...)"
(Chico Buarque do Brasil, ed. Garamond, p. 109)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

(El sueño de la razón produce monstruos, gravura de Francisco Goya, 1799)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

na encruzilhada... de novo

...e agora??
o problema de não saber de onde viemos e para onde vamos é esse!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Feliz 2009

Hoje começa o ano novo de verdade, embora tudo continue igual. Tudo pra pagar, tudo pra arrumar, tudo que a gente não fez ano passado (eu não fiz tanta coisa) tá lá esperando pra fazer em 2009. E como se não bastasse, haja votos de paz, amor, felicidade, saúde, dinheiro e que tudo se realize, porque esse ano tudo vai ser melhor! Hum-hum.

Mas esses dias, li um post no blog da cássia (www.olhoscaramelos.wordpress.com . Pois é, eu não sei fazer ficar a palavra azulzinha que a gente clica e já vai direto no link, acredita?) que era assim, ó:

[...] Tem aquele livro do Camus, A peste, que o personagem passa o livro todo escrevendo um grande livro que ele queria fazer. E ele fica o livro inteiro no mesmo parágrafo. Porque se você quiser ser perfeito, você vai ficar sempre no mesmo parágrafo.

Eduardo Coutinho
, no DVD especial em comemoração aos 50 anos de lançamento do livro Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa.

*
Este é o meu desejo para 2009: sejamos imperfeitos. Porque sem aqueles que não temem a imperfeição, o mundo jamais teria saído do lugar.


E eu já quero é isso aí mesmo pra 2009! Brigada, querida!