sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

ainda sobre os caminhos

Tem um poema do Mário Quintana que diz:

Era um caminho que de tão velho, minha filha,
já nem mais sabia aonde ia...
Era um caminho
velhinho,
perdido...
Não havia traços
de passos no dia
em que por acaso o descobri:
pedras e urzes iam cobrindo tudo.
O caminho agonizava, morria
sozinho...
Eu vi...
Porque são os passos que fazem os caminhos!

Pois é! São os passos que fazem os caminhos...
Só que às vezes, acontece da gente se acostumar a pegar sempre o mesmo caminho. Por toda a vida, não importando para onde se queira ir, vai-se sempre pelo mesmo lugar, faz-se sempre aquele caminho, conhecido e viciado. Mas um dia, simplesmente, a gente olha ao redor e vê a presença doce de um caminho velhinho, esquecido.
Foi assim que um dia desses descobri, maravilhada, que podia caminhar por outras partes...

2 comentários:

Vitor Bustamante disse...

O que são caminhos? Espaços que nos levam a algum lugar? Mas não podem ser os caminhos lugares?

Ana Lobato disse...

pois é, né?